Eu devia relatar aqui o fato do que aconteceu após o golpe que me deram e o desconcerto dos policiais ao que perceberam seu fatídico erro, mas ao fazer isso, eu estaria fazendo vocês pensarem que a gárgula aproveitou o momento para eliminar os tolos mortais. Uma pena isso não ter acontecido, poderia ser mais divertido caçá-la depois. O fato é que enquanto me revistavam, descobrindo em um dos meus bolsos a minha identificação de agente do FBI, a maldita gárgula escapou sem que eles percebessem e claro pude presenciar aquele medo crescente nos adormecidos por terem atrapalhado o trabalho de alguém que traria muitos problemas burocráticos a eles. O desconcerto era grande demais, pois eles não sabiam explicar como alguém que deveria estar morta, desapareceu sem deixar rastros. Jean se encarregava com seu bom humor de afastá-los de mim, dando as usuais desculpas que sempre damos nesses casos.
- “A pessoa que vocês deixaram escapar, é procurada em vários países com um rol de homicídios grande nas costas. A agente Lupin apenas estava fazendo o serviço dela e jamais atiraria para matar”.
Claro que eles davam suas desculpas, alegando erro de interpretação, mas o fato é que enquanto eu vasculhava o local e o corpo que ela havia matado, pude achar os restos mortais de minhas balas que deviam estar no corpo da gárgula.
- Regeneração – murmurei em tom baixo, agachada e olhando os arredores. Nada... Nem um mínimo de calafrio, além do fato de repórteres que fotografavam ao longe. Os contatos de Madeleine fazem falta nessas horas.
Aquela fera havia retalhado tal qual uma besta selvagem faminta. Um animal irracional quando com uma presa, um alimento, mas capaz de raciocinar o suficiente para sua auto-preservação.
- Hora de pesquisar! – acendi um cigarro e fui caminhando. Ainda era interessante ver os calafrios que minha presença causava nos mortais.
- Precisa de ajuda? – Pude escutar Jean se apressando para me acompanhar. A região da Nuca ainda estava meio dolorida, tínhamos perdido muito tempo ali. Ao menos os policiais ao perceberem o erro, me mantiveram no local, me deram assistência, chamaram o FBI e não fugiram como o diabo foge da cruz. Pff! A quem estou querendo enganar? O Diabo não foge da cruz. Na verdade ele anda mais próximo disso do que nós andamos.
- A ajuda de sempre. Contate o garoto, peça para ele vasculhar mortes com o mesmo padrão que encontramos aqui, descubra há quanto tempo isso ocorre e me encontre na biblioteca.
Jean começou a rir, um riso com certa malícia aos lábios. Enquanto Madeleine tinha os contatos dela em jornalecos que sempre cobriam mortes estranhas, criando hipóteses malucas, sua parceira no combate contra seres “fictícios” buscava um moleque que se encaixaria no padrão de filmes do estilo Matrix.
- Você realmente não gosta do padrão MIB, não é? – ria de forma baixa e ele sabia o quanto isso me irritava. MIB, Matrix e todas as comparações que ele fazia, mas a pior delas era o famoso Arquivo X.
- Jean – suspirei – Você realmente gosta de ficar fazendo as comparações... Vinnie, Matrix; Madeleine, MIB; e nós, Arquivo X.
Jean caiu na gargalhada, me acompanhando até meu carro e vendo que eu fechava a porta e não o convidava para entrar. O máximo que ele fez, foi ficar sorrindo daquela forma em que qualquer mulher cairia de quatro por ele e me responder.
- A Arte imita a vida, Alice e isso torna a nossa vida mais divertida. Infelizmente não podemos reprogramar a mente dos adormecidos.
Liguei meu carro e dei um leve tapinha ao rosto dele.
- Felizmente isso não acontece, Jean, pois desta forma mais pessoas ficam atentas ao que acontece ao redor delas e assim aprendem de uma vez por todas, que Deus, Anjos e Arcanjos não são aquilo que elas imaginavam.
Acelerei meu carro, não o deixando retrucar, pois Jean sabia como retrucar em seu bom humor de sempre.
- Infelizmente, Alice. Suas esperanças foram alquebradas de uma forma que não conseguimos reverter. – Jean murmurava, vendo sua parceira praticamente fugindo de uma conversa mais longa. Ele sabia o quanto ela se sentia pressionada, pois Thorn também andava caçando monstros para sacrifícios ao Arcanjo da Morte.
- “A pessoa que vocês deixaram escapar, é procurada em vários países com um rol de homicídios grande nas costas. A agente Lupin apenas estava fazendo o serviço dela e jamais atiraria para matar”.
Claro que eles davam suas desculpas, alegando erro de interpretação, mas o fato é que enquanto eu vasculhava o local e o corpo que ela havia matado, pude achar os restos mortais de minhas balas que deviam estar no corpo da gárgula.
- Regeneração – murmurei em tom baixo, agachada e olhando os arredores. Nada... Nem um mínimo de calafrio, além do fato de repórteres que fotografavam ao longe. Os contatos de Madeleine fazem falta nessas horas.
Aquela fera havia retalhado tal qual uma besta selvagem faminta. Um animal irracional quando com uma presa, um alimento, mas capaz de raciocinar o suficiente para sua auto-preservação.
- Hora de pesquisar! – acendi um cigarro e fui caminhando. Ainda era interessante ver os calafrios que minha presença causava nos mortais.
- Precisa de ajuda? – Pude escutar Jean se apressando para me acompanhar. A região da Nuca ainda estava meio dolorida, tínhamos perdido muito tempo ali. Ao menos os policiais ao perceberem o erro, me mantiveram no local, me deram assistência, chamaram o FBI e não fugiram como o diabo foge da cruz. Pff! A quem estou querendo enganar? O Diabo não foge da cruz. Na verdade ele anda mais próximo disso do que nós andamos.
- A ajuda de sempre. Contate o garoto, peça para ele vasculhar mortes com o mesmo padrão que encontramos aqui, descubra há quanto tempo isso ocorre e me encontre na biblioteca.
Jean começou a rir, um riso com certa malícia aos lábios. Enquanto Madeleine tinha os contatos dela em jornalecos que sempre cobriam mortes estranhas, criando hipóteses malucas, sua parceira no combate contra seres “fictícios” buscava um moleque que se encaixaria no padrão de filmes do estilo Matrix.
- Você realmente não gosta do padrão MIB, não é? – ria de forma baixa e ele sabia o quanto isso me irritava. MIB, Matrix e todas as comparações que ele fazia, mas a pior delas era o famoso Arquivo X.
- Jean – suspirei – Você realmente gosta de ficar fazendo as comparações... Vinnie, Matrix; Madeleine, MIB; e nós, Arquivo X.
Jean caiu na gargalhada, me acompanhando até meu carro e vendo que eu fechava a porta e não o convidava para entrar. O máximo que ele fez, foi ficar sorrindo daquela forma em que qualquer mulher cairia de quatro por ele e me responder.
- A Arte imita a vida, Alice e isso torna a nossa vida mais divertida. Infelizmente não podemos reprogramar a mente dos adormecidos.
Liguei meu carro e dei um leve tapinha ao rosto dele.
- Felizmente isso não acontece, Jean, pois desta forma mais pessoas ficam atentas ao que acontece ao redor delas e assim aprendem de uma vez por todas, que Deus, Anjos e Arcanjos não são aquilo que elas imaginavam.
Acelerei meu carro, não o deixando retrucar, pois Jean sabia como retrucar em seu bom humor de sempre.
- Infelizmente, Alice. Suas esperanças foram alquebradas de uma forma que não conseguimos reverter. – Jean murmurava, vendo sua parceira praticamente fugindo de uma conversa mais longa. Ele sabia o quanto ela se sentia pressionada, pois Thorn também andava caçando monstros para sacrifícios ao Arcanjo da Morte.
1 comment:
Depois desse episódio, senti um misto de confusão e esperança. Esperança ao ver a possibilidade do retorno de Vinnie na trama; confusão ao temer não conseguir acompanhar de forma inteligente o caso da gárgula. Quer dizer, numa época dessa eu estive relendo alguns textos antigos e me perguntei: como foi o desfecho do caso Cain? Mas esse é um problema de narrativas longas. As vezes o tempo nos trai, não permitindo que a gente possa retornar às linhas passadas e conferir com mais cuidado as pistas que se perderam no caminho.
Me desculpe, mas gostaria de uma coisa... mais sangue! Estou quase como Togarini: mais cacrifícios... hehehe...
Ops, me recompus. Sobre o capítulo em si, adorei as alusões às séries americanas. Sempre gostei de Arquivo X, mas eu prefiro muito mais a dupla O'Toole x Lupin (não é puxa-saquice não, viu?).
Tenho outra dúvida. Acho que você já disse isso uma vez, mas gostaria de me informar novamente: O universo da trama de Alice Lupin é o mesmo de Trevas?
Me despeço aqui, aguardando ansioso a continuação! Abraços!
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