... - Seu desejo é uma ordem, Milady...
... - Ainda nos encontraremos Inquisidora...
... - Ainda não é sua hora, minha avatar...
Os momentos finais... Aquelas palavras se repetiam em minha mente como em pesadelos que não conseguia despertar. Tudo me lembrava pequenos pedaços de um filme que se prolongara mais do que eu gostaria.
Um rosto pétreo...
Um rosto desconhecido...
Uma voz reconfortante...
... - Ainda não é sua hora, minha avatar...
... - Ainda não é sua hora...
... - Ainda não é...
... - Sua hora...
... - Volte...
... - Eu lhe peço...
... - Volte...
... - Eu...
Meus olhos se abriam devagar... Trêmulos... Quase sem vontade de abrir...
Meu rosto virava devagar e aos poucos meu corpo foi percebendo que alguém segurava a minha mão.
Meu corpo estava cansado e uma prova disso é que eu segurava a mão da Alice.
Estava quase desmaiando de cansaço após tanto tempo de vigília.
Jean pela primeira vez recusou a entrar naquele quarto. Algo estava o incomodando naqueles dias.
Eu sabia que ele sofria, mas não podia abandoná-la. Jamais dei tanta importância à vida de uma pessoa além da minha e, no entanto, lá estava eu, ali, implorando para que ela retornasse à vida.
Por sua própria força de vontade e não por minha interferência de necromante.
Era madrugada de Lughnasadh, na verdade, suas primeiras horas em um festival que a princípio visava apenas festas boas, com alegrias e esperanças renovadas. As pessoas buscavam a proteção da Deusa e do Deus, louvando-os em contentamento por uma colheita farta, mas entre eles, havia aqueles que aproveitavam esse momento para fazer outro tipo de colheita.
Almas, sacrifícios, tantas coisas mais e Alice compreendia esse tipo de colheita...
Por todos os aspectos da morte... Era madrugada de Lughnasadh, suas primeiras horas, quando recebi aquele telefonema.
- “Alice está na mesa de operação”...
Thorn estava cansado. Isso era visível ao notá-lo ali, repousando, sentado em uma poltrona segurando a minha mão. Chamando-me de volta a vida sem usar seu conhecimento em necromancia. Algo incomodava minha garganta, mal tinha forças para falar e o único gesto que consegui foi mover meus dedos levemente.
- Alice? – Ergui meu olhar. Nunca um calafrio foi tão bem vindo quanto aquele. Muitos poderiam achar que havia um amor entre nós dois, mas a maior parte do que incomodava Jean, era a minha cumplicidade e meu entendimento com ela. Não precisávamos falar muitas coisas. Eu a compreendia e ela também me compreendia e desde que me tornei o tutor, guardião e amigo confidente, nossos laços se estreitaram muito mais. Sabíamos que isso podia se tornar um elo fraco entre nós, mas também sabíamos que jamais deveríamos fraquejar. Aprendemos um com o outro, que o uso de nosso elo fraco, deve ser aquilo que nos fortalecerá e que se tornará nosso principal incentivador de grandes sacrifícios em nome do Arcanjo da Morte.
Uma semana... Havia passado uma semana desde aquela madrugada de Lughnasadh.
Às vezes... Raras vezes... Recordo-me porque vale a pena voltar.
... - Ainda nos encontraremos Inquisidora...
... - Ainda não é sua hora, minha avatar...
Os momentos finais... Aquelas palavras se repetiam em minha mente como em pesadelos que não conseguia despertar. Tudo me lembrava pequenos pedaços de um filme que se prolongara mais do que eu gostaria.
Um rosto pétreo...
Um rosto desconhecido...
Uma voz reconfortante...
... - Ainda não é sua hora, minha avatar...
... - Ainda não é sua hora...
... - Ainda não é...
... - Sua hora...
... - Volte...
... - Eu lhe peço...
... - Volte...
... - Eu...
Meus olhos se abriam devagar... Trêmulos... Quase sem vontade de abrir...
Meu rosto virava devagar e aos poucos meu corpo foi percebendo que alguém segurava a minha mão.
Meu corpo estava cansado e uma prova disso é que eu segurava a mão da Alice.
Estava quase desmaiando de cansaço após tanto tempo de vigília.
Jean pela primeira vez recusou a entrar naquele quarto. Algo estava o incomodando naqueles dias.
Eu sabia que ele sofria, mas não podia abandoná-la. Jamais dei tanta importância à vida de uma pessoa além da minha e, no entanto, lá estava eu, ali, implorando para que ela retornasse à vida.
Por sua própria força de vontade e não por minha interferência de necromante.
Era madrugada de Lughnasadh, na verdade, suas primeiras horas em um festival que a princípio visava apenas festas boas, com alegrias e esperanças renovadas. As pessoas buscavam a proteção da Deusa e do Deus, louvando-os em contentamento por uma colheita farta, mas entre eles, havia aqueles que aproveitavam esse momento para fazer outro tipo de colheita.
Almas, sacrifícios, tantas coisas mais e Alice compreendia esse tipo de colheita...
Por todos os aspectos da morte... Era madrugada de Lughnasadh, suas primeiras horas, quando recebi aquele telefonema.
- “Alice está na mesa de operação”...
Thorn estava cansado. Isso era visível ao notá-lo ali, repousando, sentado em uma poltrona segurando a minha mão. Chamando-me de volta a vida sem usar seu conhecimento em necromancia. Algo incomodava minha garganta, mal tinha forças para falar e o único gesto que consegui foi mover meus dedos levemente.
- Alice? – Ergui meu olhar. Nunca um calafrio foi tão bem vindo quanto aquele. Muitos poderiam achar que havia um amor entre nós dois, mas a maior parte do que incomodava Jean, era a minha cumplicidade e meu entendimento com ela. Não precisávamos falar muitas coisas. Eu a compreendia e ela também me compreendia e desde que me tornei o tutor, guardião e amigo confidente, nossos laços se estreitaram muito mais. Sabíamos que isso podia se tornar um elo fraco entre nós, mas também sabíamos que jamais deveríamos fraquejar. Aprendemos um com o outro, que o uso de nosso elo fraco, deve ser aquilo que nos fortalecerá e que se tornará nosso principal incentivador de grandes sacrifícios em nome do Arcanjo da Morte.
Uma semana... Havia passado uma semana desde aquela madrugada de Lughnasadh.
Às vezes... Raras vezes... Recordo-me porque vale a pena voltar.
3 comments:
alice vai ficar bem...
o arcanjo não corresponde ao arcano que vi em sua borra de chá...
=***
Não há luta na qual o fim não seja próspero... Eu pude sentir, mesmo ver que os olhos de Alice brilharam ao toque... Ode a proximidade e aos que querem o bem... O elo é tão firme que mesmo o maior dos inimigos não consegue destruir. Mesmo que Alice por um momento fraqueje e duvide, mesmo sem achar forças, tentar desistir... Não há melhor coisa que possa substituir um suporte, um apoio em que se possa confiar...
A tensão foi tanta que agora Thorn decide deixar para Alice a escolha entre a vida e a morte. Ainda me lembro quando ele usou seus poderes para fazer Alice vagar por aí mesmo sem quantidade suficiente de sangue no corpo. Mas neste último capítulo, o necromante se abstém de usar sua magia. E agora, o sempre misterioso e controlado necromante se abre, se entrega em seus devaneios, deixando que nós leitores conheçamos um pouco mais desse elo com Alice. Aguardo a próxima atualização, cara amiga, obrigado!
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