A parede ruía. Rompia perante a minha fúria. O Arcanjo da Morte havia passado dos limites. Eu ainda podia escutar os gritos de Ramiel em minha mente. Desde quando o criador havia dado tamanho poder para os Arcanjos da morte? Não seria ele quem deveria ter o poder de nos exterminar e nos julgar? Eu ainda posso me lembrar dos olhares de meus irmãos. Dos Seis Arcanjos que restaram da antiga hierarquia.
Miguel, Rafael, Gabriel, Uriel, Sariel e Raguel condenavam-me com seus olhares. Ainda estavam apegados aos tempos em que o Criador estava mais presente. Esqueciam-se que na ausência dele não devíamos jamais fraquejar, pois a guerra se mantinha, mas a morte do Trovão de Deus... Do conhecido Anjo da Esperança...
Não! Togarini estava indo longe demais em suas declaração de guerra contra mim, apenas por causa de uma ínfima humana.
— Sabes que ela não é ínfima Geburah...
Aquela voz... O que ele fazia aqui?
— Não me faça essa cara de espanto, Geburah. A morte de Ramiel pôde ser ouvida em todos os recantos. Não pude deixar de sorrir ao ver meu arrogante irmão, tido como a esperança, ou como aquele que guiará as almas dos mortais à presença do Pai, sendo estraçalhado por uma das mais novas criações do Senhor...
— Eles são aberrações... Sete Arcanjos criados com o único intuito das faces da morte?
Ele riu de forma baixa, rodeava-me como uma serpente prestes a esmagar meu corpo e mesmo odiando-o por tudo que ele fora capaz de fazer, ainda me sentia impotente perante a presença dele. Como Miguel conseguira?
— Não pense demais Geburah. São pensamentos assim que fazem anjos caírem. É uma pena que nosso pai sentia-se confuso em relação a Ramiel. Às vezes tornava-o esperança, outra vezes o fazia ser confundido com Azazel... Outras vezes... Tornava-o um caído por ter tido uma esposa terrena e ter me seguido em minha teimosia e outras vezes não decidia se ele era Ramiel ou Remiel...
Meu corpo estremecia. Havia um ódio imenso se apoderando de mim com aquelas palavras que ele dizia, mas o calor amornado do abraço que me envolvia, aquele murmurar sereno e cálido...
— Teu maior erro, foi desejar algo que não te pertencia, Geburah... Os Arcanjos da Morte possuem algo que vocês jamais terão... O lado obscuro do Pai...
— Basta! – Murmurei fraco perante as verdades de Lúcifer. – Como consegues manter-te calmo se Togarini também está matando dos teus?
— Meus? – Ele riu baixo, tomando meu queixo em suas mãos, olhando-me com a mesma frieza e sarcasmo que Togarini possuía quando deixava claro que eu jamais venceria nas escolhas da humana.
— Cada um pertence a si mesmo e eu apenas irei ver de camarote a tua queda, Geburah. Togarini jamais teria chegado a tanto, se tu não tivesses resolvido usar Alice como exemplo.
— Ele não me vencerá! – Afastei aquela serpente, aquele traidor que ainda era o mais belo dos belos em sua aparência. Que fora expulso da companhia do Pai. Banido por sua arrogância e pretensão.
— Ele já te venceu, Geburah. Acaso não percebeste... – ele sorria afastando-se de mim, ainda me deixando impotente perante a presença dele que se dissipava aos poucos – E eu realmente ainda me divirto com a mentira sustentada por Mikhael...
O que ele queria dizer com aquilo?
— Quem em sã consciência e visão estratégica, deixaria o inimigo de Deus vir para o lar dos mortais com um terço do exército celestial?
Miguel, Rafael, Gabriel, Uriel, Sariel e Raguel condenavam-me com seus olhares. Ainda estavam apegados aos tempos em que o Criador estava mais presente. Esqueciam-se que na ausência dele não devíamos jamais fraquejar, pois a guerra se mantinha, mas a morte do Trovão de Deus... Do conhecido Anjo da Esperança...
Não! Togarini estava indo longe demais em suas declaração de guerra contra mim, apenas por causa de uma ínfima humana.
— Sabes que ela não é ínfima Geburah...
Aquela voz... O que ele fazia aqui?
— Não me faça essa cara de espanto, Geburah. A morte de Ramiel pôde ser ouvida em todos os recantos. Não pude deixar de sorrir ao ver meu arrogante irmão, tido como a esperança, ou como aquele que guiará as almas dos mortais à presença do Pai, sendo estraçalhado por uma das mais novas criações do Senhor...
— Eles são aberrações... Sete Arcanjos criados com o único intuito das faces da morte?
Ele riu de forma baixa, rodeava-me como uma serpente prestes a esmagar meu corpo e mesmo odiando-o por tudo que ele fora capaz de fazer, ainda me sentia impotente perante a presença dele. Como Miguel conseguira?
— Não pense demais Geburah. São pensamentos assim que fazem anjos caírem. É uma pena que nosso pai sentia-se confuso em relação a Ramiel. Às vezes tornava-o esperança, outra vezes o fazia ser confundido com Azazel... Outras vezes... Tornava-o um caído por ter tido uma esposa terrena e ter me seguido em minha teimosia e outras vezes não decidia se ele era Ramiel ou Remiel...
Meu corpo estremecia. Havia um ódio imenso se apoderando de mim com aquelas palavras que ele dizia, mas o calor amornado do abraço que me envolvia, aquele murmurar sereno e cálido...
— Teu maior erro, foi desejar algo que não te pertencia, Geburah... Os Arcanjos da Morte possuem algo que vocês jamais terão... O lado obscuro do Pai...
— Basta! – Murmurei fraco perante as verdades de Lúcifer. – Como consegues manter-te calmo se Togarini também está matando dos teus?
— Meus? – Ele riu baixo, tomando meu queixo em suas mãos, olhando-me com a mesma frieza e sarcasmo que Togarini possuía quando deixava claro que eu jamais venceria nas escolhas da humana.
— Cada um pertence a si mesmo e eu apenas irei ver de camarote a tua queda, Geburah. Togarini jamais teria chegado a tanto, se tu não tivesses resolvido usar Alice como exemplo.
— Ele não me vencerá! – Afastei aquela serpente, aquele traidor que ainda era o mais belo dos belos em sua aparência. Que fora expulso da companhia do Pai. Banido por sua arrogância e pretensão.
— Ele já te venceu, Geburah. Acaso não percebeste... – ele sorria afastando-se de mim, ainda me deixando impotente perante a presença dele que se dissipava aos poucos – E eu realmente ainda me divirto com a mentira sustentada por Mikhael...
O que ele queria dizer com aquilo?
— Quem em sã consciência e visão estratégica, deixaria o inimigo de Deus vir para o lar dos mortais com um terço do exército celestial?
2 comments:
Capítulo enigmático, eu confesso... Não sei o que dizer. Uma conversa entre Geburah e Lúciver? Demais para mim... reles mortal...
Ainda sinto falta de imagens. Sei que anjos são espíritos, mas eles possuem algo que se aproxima de um corpo, não? E onde está ocorrendo essa conversa?
Interessante o texto falar sobre a parte obscura de Deus. A Cabala inclusive defende que o mal surgiu dos cacos das sephirah quebrando-se ao explodirem em glória e formarem-se novamente...
Mas acho que os capítulos ainda estão muito vagos. Acho que cada capítulo desses últimos poderia dar páginas e páginas de narrativas densas e consistentes.
Fico no aguardo para saber qual será o destino da obstinada agente!
Este foi o primeiro capítulo que li e foi suficiente para me deixar intrigado. Logo venho ler os anteriores e esperar pelos próximos!
bjo
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