Eu realmente não sei o que aconteceu com aquele irlandês doido, mas realmente deve ter sido algo pesado. Desde que conheci Alice, sempre pude ver o quanto ele tinha ciúmes dos machos que chegavam perto dela. Alice me acolheu no FBI, mais por questão de culpa. Foi o que ela disse para mim quando desabafei que queria minha vida de volta.
- “Vinnie”...
Nossa! Ainda posso me lembrar dela suspirando exasperada, com aquele olhar preso à tela do monitor. A mulher mesmo não olhando direto me causa calafrios. Achei que era apenas aquele olhar de predadora, mas é algo mais. È como se o próprio Inferno pesasse sobre os ombros dela...
- “Eu não devia te envolver mais do que você foi envolvido naquela Ilha”...
Argh! Só de lembrar da conversa meu corpo treme.
- “Aqui você estará seguro. Desculpe-me”!
Droga! Droga! Não era hora para ter crise de consciência. Não era bem com a mulher que eu estava preocupado, mas com o irlandês Cajun...
- Anda mulher! Onde você se meteu? Atende a merda desse telefone!
Será que aconteceu algo? Será que a gárgula pegou aquele tanque de guerra suicida? Será...
Opa!!! Aquele é o carro da Alice?
Uma freada brusca seguida de várias outras freadas bruscas. Xingamentos de motoristas mostrando a insatisfação por conta de um doido ao volante. Eu acendia calmamente meu cigarro à frente de uma vitrine e sequer olhei para trás.
Isso era serviço dos adormecidos do LSP (Louisiania State Police).
Soprava com calma a fumaça inalada. Não observava os reflexos, muito menos as pessoas ao redor.
O Festival da colheita estava se aproximando e isso me preocupava.
Seis dias... Seis malditos dias e uma gárgula se encontrava em Nova Orleans. Terra carregada de misticismo por conta de Voodoo, pântanos e um monte de Cajuns. Local que atrai turistas devido ao Mardi Grass, o maior carnaval norte-americano. Um dos momentos idéias para o desaparecimento de turistas, pois os bares ficam abertos o tempo todo, sendo tomados por multidões com os mais exóticos trajes, cedendo a fraqueza da carne, bêbados em suas algazarras sem saber os perigos que se escondem nesse tipo de festividade.
E agora...
- “Vinnie”...
Nossa! Ainda posso me lembrar dela suspirando exasperada, com aquele olhar preso à tela do monitor. A mulher mesmo não olhando direto me causa calafrios. Achei que era apenas aquele olhar de predadora, mas é algo mais. È como se o próprio Inferno pesasse sobre os ombros dela...
- “Eu não devia te envolver mais do que você foi envolvido naquela Ilha”...
Argh! Só de lembrar da conversa meu corpo treme.
- “Aqui você estará seguro. Desculpe-me”!
Droga! Droga! Não era hora para ter crise de consciência. Não era bem com a mulher que eu estava preocupado, mas com o irlandês Cajun...
- Anda mulher! Onde você se meteu? Atende a merda desse telefone!
Será que aconteceu algo? Será que a gárgula pegou aquele tanque de guerra suicida? Será...
Opa!!! Aquele é o carro da Alice?
Uma freada brusca seguida de várias outras freadas bruscas. Xingamentos de motoristas mostrando a insatisfação por conta de um doido ao volante. Eu acendia calmamente meu cigarro à frente de uma vitrine e sequer olhei para trás.
Isso era serviço dos adormecidos do LSP (Louisiania State Police).
Soprava com calma a fumaça inalada. Não observava os reflexos, muito menos as pessoas ao redor.
O Festival da colheita estava se aproximando e isso me preocupava.
Seis dias... Seis malditos dias e uma gárgula se encontrava em Nova Orleans. Terra carregada de misticismo por conta de Voodoo, pântanos e um monte de Cajuns. Local que atrai turistas devido ao Mardi Grass, o maior carnaval norte-americano. Um dos momentos idéias para o desaparecimento de turistas, pois os bares ficam abertos o tempo todo, sendo tomados por multidões com os mais exóticos trajes, cedendo a fraqueza da carne, bêbados em suas algazarras sem saber os perigos que se escondem nesse tipo de festividade.
E agora...
- Mulher do céu! Quando tu resolve desaparecer é o Inferno te achar! – reclamei de uma forma que chamaria a atenção. Os cana com certeza iam me multar, mas lá estava eu o NERDão com aquela pasta debaixo dos braços, à frente de uma Vitrine que estava enfeitado com feixes de trigo, cevada, frutas e pães. Tinha até um pão bonitinho no formato do Sol e bonequinhas de milho. Gente quando é criativo, sabe mesmo como atrair os olhos e abrir o apetite.
Continuei a fumar meu cigarro, escutando todo aquele disparate de Vinnie, mas ainda observava aquele altar arrumado em plena vitrine de uma padaria e tudo o que os adormecidos ou recém despertos viam, era uma vitrine bonita, preparada para atrair o público e para um festival que se aproximava.
- Mulher!! Tá me escutando? – Dava vontade de sacudir Alice, que causava arrepio em mim com aquele olhar tão sério preso à vitrine e que nem sequer me dava um oi, vinnie, tudo bem com você?
- Agora é o período da Primeira Colheita,
Quando a fartura da natureza se dá para nós,
Para que possamos sobreviver.
Ó Deus dos campos maduros, Senhor dos Grãos,
Conceda-me a compreensão deste sacrifício
Enquanto se prepara para se entregar à foice da Deusa
E partir para a TERRA do eterno verão.
Ó Grande Deusa da lua Nova,
Ensine-me os segredos do renascimento
Enquanto o Sol perde sua força e as noites se tornam frias.
Pronto, a mulher pirou de vez, murmurando tudo aquilo e abaixando o olhar.
- Eu partilho da primeira colheita,
mesclando suas energias com as minhas
para que possa continuar minha busca
pela sabedoria das estrelas e pela perfeição.
Ó Senhora da Lua e Senhor do Sol,
Graciosos perante os quais as estrelas interrompem sua trajetória,
Eu ofereço meus agradecimentos pela fertilidade continua da Terra.
Que o Grão pendente libere suas sementes
para que sejam enterradas no seio da Mãe,
assegurando o renascimento no calor da primeira vindoura.
Definitivamente ela pirou, pois continuou a falar tudo aquilo, esmiuçando o seu olhar de predadora para os céus que começavam a escurecer. Ah! Não dava mais. Eu tomei a coragem e resolvi tocar o ombro dela, antes que ela se tornasse um “V”.
Vinnie tocava meu ombro e olhei de soslaio na direção da mão dele e depois aos olhos dele.
Se arrependimento matasse, eu teria caído duro e estatelado no chão. Que olhar foi aquele?
- Jean não me ajudará desta vez. – Afirmei.
Como ela sabia? Eu nem tinha dito a ela que Jean tinha ficado pálido!!! Mas lá estava a mulher voltando a observar os céus novamente.
- Não e nem quero saber como você descobriu. Tá aqui as informações que você queria e pronto. Fiz meu papel de escoteiro. Posso voltar agora para o Bureau?
O garoto estava nervoso e eu não o culpava. A noite se aproximava rápida e era chegada a hora dos predadores saírem de suas tocas.
Continuei a fumar meu cigarro, escutando todo aquele disparate de Vinnie, mas ainda observava aquele altar arrumado em plena vitrine de uma padaria e tudo o que os adormecidos ou recém despertos viam, era uma vitrine bonita, preparada para atrair o público e para um festival que se aproximava.
- Mulher!! Tá me escutando? – Dava vontade de sacudir Alice, que causava arrepio em mim com aquele olhar tão sério preso à vitrine e que nem sequer me dava um oi, vinnie, tudo bem com você?
- Agora é o período da Primeira Colheita,
Quando a fartura da natureza se dá para nós,
Para que possamos sobreviver.
Ó Deus dos campos maduros, Senhor dos Grãos,
Conceda-me a compreensão deste sacrifício
Enquanto se prepara para se entregar à foice da Deusa
E partir para a TERRA do eterno verão.
Ó Grande Deusa da lua Nova,
Ensine-me os segredos do renascimento
Enquanto o Sol perde sua força e as noites se tornam frias.
Pronto, a mulher pirou de vez, murmurando tudo aquilo e abaixando o olhar.
- Eu partilho da primeira colheita,
mesclando suas energias com as minhas
para que possa continuar minha busca
pela sabedoria das estrelas e pela perfeição.
Ó Senhora da Lua e Senhor do Sol,
Graciosos perante os quais as estrelas interrompem sua trajetória,
Eu ofereço meus agradecimentos pela fertilidade continua da Terra.
Que o Grão pendente libere suas sementes
para que sejam enterradas no seio da Mãe,
assegurando o renascimento no calor da primeira vindoura.
Definitivamente ela pirou, pois continuou a falar tudo aquilo, esmiuçando o seu olhar de predadora para os céus que começavam a escurecer. Ah! Não dava mais. Eu tomei a coragem e resolvi tocar o ombro dela, antes que ela se tornasse um “V”.
Vinnie tocava meu ombro e olhei de soslaio na direção da mão dele e depois aos olhos dele.
Se arrependimento matasse, eu teria caído duro e estatelado no chão. Que olhar foi aquele?
- Jean não me ajudará desta vez. – Afirmei.
Como ela sabia? Eu nem tinha dito a ela que Jean tinha ficado pálido!!! Mas lá estava a mulher voltando a observar os céus novamente.
- Não e nem quero saber como você descobriu. Tá aqui as informações que você queria e pronto. Fiz meu papel de escoteiro. Posso voltar agora para o Bureau?
O garoto estava nervoso e eu não o culpava. A noite se aproximava rápida e era chegada a hora dos predadores saírem de suas tocas.
1 comment:
Achei muito bacana o Vinnie dize que tinha feito seu papel de escoteiro. Hehehe... sempre do seu jeito largadão. Agora, Alice está mais sombria e misteriosa que nunca. O que foi aquilo? Um ritual? Uma espécie de encantamento?
Aguardo então as próximas palavras, cara amiga!
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